quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

até que um dia...


[...até que um dia, há um momento exacto em que te dás conta; o tempo nada mudou e os lugares são cenários de um qualquer filme. ]

Nesse instante, nesse preciso instante,

libertas-te para sempre dessa dor

e sabes e sentes em ti a maior certeza do mundo:

o que é Teu, É simplesmente.

Por muito que te amarrem o corpo,

por muito que te tolham o pensamento,

por muita lágrima, por muito tormento...

É simplesmente! E aí, tanto faz;

não importa se o abraço não acorre ao peito

ou o beijo não acorre à boca;

não importa quantos corpos percorras

ou quantas mãos consintas no teu rosto;

tudo deixa, realmente, de ter importância.

O tempo nada mudará

e os lugares serão sempre cenários

de um qualquer filme.

Porque o que É Teu, É, para sempre!

(Teresa Cuco; “lugares de mim”; corpos editora;2006)

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