quinta-feira, 19 de março de 2009
digo Amor
Digo Amor.
não sei que outro nome teriam as mãos
que à noite se lançam e cortam os corpos como espadas
e revolvem entranhas e encetam jornadas.
A noite
traz silenciosas angústias
e obriga a que apertemos contra o peito
um qualquer resto de inocência
que nos sirva no labirinto.
Depois,
há palavras que queimamos na carne
para que nunca nos esqueçamos de quem somos.
Digo Amor
morte
impermanência
verdade
fé.
E digo Amor outra vez.
Não sei que outro nome teria este espaço
onde se deita o coração
para seguirmos adiante
derrubando montanhas
e desbravando caminhos.
Rumo à Terra que há em nós.
(Teresa Cuco in do Amor e da Espada- corpos editora, 2008)
*imagem retirada da capa de l´homme et son double, de Étienne Guillé, éditions accarias, l'originel, 2000
é esta a nossa solidão...
É esta a nossa solidão…
Apartados da nossa alma
é à procura de nós que andamos…aflitos…
deste Amor maior que o mundo
deste Deus em nós que tudo sabe…
Somos nós o maior inimigo a enfrentar
é sempre dentro de nós
o maior combate.
Penso que é preciso passar a palavra
do medo
da solidão
da morte
do inferno
transformar a palavra dentro do peito
amassar a raiva
explodir a dor
vivê-la até ao fim
perder tudo
ganhar tudo.
É este o grito.
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Anseio pelo silêncio que repousa no coração dos homens.
(Teresa Cuco in do Amor e da Espada; corpos editora, 2008)
domingo, 15 de março de 2009
liberdade é...
Liberdade é sentires que nada na vida te pertence
Tu és tudo
Liberdade é o esqueleto das árvores
braços esguios
erguidos aos céus na prece
das cegonhas
liberdade é a estrada longa
solitária
vazia
em que cruzas o tempo e te molhas
de nuvens
e sabes em ti
de todo o amor do mundo
e de todos os segredos do universo.
(Teresa Cuco in lugares de mim - corpos editora 2006)
sexta-feira, 6 de março de 2009
"do Amor e da Espada" - poemas à guitarra parte I e II
...e fechando com chave de ouro...
No arco da manhã
abriram-se as portas
e eu passei por ti
etérea beleza
da terra e da vida
que cedo bebi
Nos beirais da tarde
ergueram-se as palavras
e eu cantei por ti
eterna certeza
magia da vida
que encontrei aqui
No ventre da noite
criaram-se as luzes
e eu sonhei por ti
tão grande é o mundo
de um homem sozinho
que chora e sorri
Dádiva do mundo
que teu sentido bebe
um sentir tão fundo
que a lágrima descreve
Dádiva do mundo
tão densa e tão breve
(poema, música e interpretação: João Cágado)
quinta-feira, 5 de março de 2009
"do Amor e da Espada" - tertulia parte IV
em defesa do rock, deste rock em especial... "Magna Terra"(João Cágado & Manuel Dias), como símbolo da minha ligação ao Alentejo:)
neste excerto, o primeiro tema: "Guardador De Rebanhos"
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"do Amor e da Espada"- tertulia-parte III
Rodrigues Dias com "tese, antítese e síntese", ou a descoberta de que às vezes também está poeta...uma delícia:)
"do Amor e da Espada"- tertulia-parte I
parte 1.1-altera-se o protocolo e os amigos dão voz aos poemas ...
tarefa do inútil - aam
vencida a batalha com o ulead, cá estou a dar início à colocação de imagens em vídeo...espero que se divirtam:)
parte 1- um prefaciador que se recusa a apresentar um livro, porque entende que não há iluminados que digam às pessoas o que é um livro, antes destas o lerem e retirarem as suas próprias ilações...
parte 1- um prefaciador que se recusa a apresentar um livro, porque entende que não há iluminados que digam às pessoas o que é um livro, antes destas o lerem e retirarem as suas próprias ilações...
terça-feira, 3 de março de 2009
mais umas fotos de um serão de partilhas...
parte 1- um prefaciador que se recusa a apresentar um livro, porque entende que não há iluminados que digam às pessoas o que é um livro, antes destas o lerem e retirarem as suas próprias ilações...
parte 2- altera-se o protocolo e os amigos dão voz aos poemas ...
parte 3- sessão pára para uma amiga atender um telefonema importante para si (e porque não)?
parte 4- foi o que se viu: conversa sobre a poesia, é-se ou às vezes está-se poeta?, envolvimento de quem estava comunicador, silêncios de quem estava receptor, risos, a problemática de anjos com asas ou sem asas (porque assim se podem abraçar), o alberto, a ana, o davide, a margarida, o eduardo, o rodrigues dias com "tese, antitese e síntese", ou a descoberta de que às vezes também está poeta...
E pronto, no próximo post darei seguimento à história deste serão fantástico... assim que conseguir ganhar a batalha que estou a travar com o ulead video studio, para colocar um excerto em vídeo, para vosso deleite.
Até lá, obrigada pela partilha:)
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