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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

senta-te aqui...

Senta-te aqui

Sossega em ti

Não prendas a vida

Aceita os limites

Aceita o tempo

Aceita o medo

Assim os transcenderás.

(Teresa Cuco)

sou quem sou...

Sou quem sou

no espelho dos teus olhos

Pouso o coração

nas tuas mãos em concha

e acredito na magia

da minha solidão.

Eu cruzei mares para te ver

Trazia um caminho no sangue

e uma luz

única

urgente

para te devolver.

(Teresa Cuco)

fecho-me aqui...

Fecho-me aqui
ao redor de ti

Depois ergo uma noite
sem fim

Penduro estrelas no meu céu

Beijo a boca das palavras

E deito-me no silêncio.

Sem mágoas.


(Teresa Cuco)

Estende-se a meus pés ...

Estende-se a meus pés
o mar da vida

A outra metade da vida

O colo de um Deus oculto

Os braços de uma mãe paciente

Toma a minha mão

Sejamos crianças

Na outra metade da vida.

(Teresa Cuco)

Arrastas essas cadeias...

Arrastas essas cadeias
embrenhas-te nessa bruma
e sonhas com rios
onde as aves matarão a sede
e o mundo lavará as mágoas .

Entretanto, os relógios não se calam!!!

E há um grito de urgência
em tudo o que não fazes.

(Teresa Cuco)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

aceito este momento...


Aceito este momento

elevo-me num pensamento

e bebo a minha solidão

este é o meu momento

aceito o pensamento

abro as mãos ao céu

voo nesse esplendor

e renasço eternamente

Porque todo o momento que é Meu

pertence-me simplesmente.

[impossível o erro]

(Teresa Cuco; “lugares de mim”; corpos editora;2006)