quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

deixo em branco...


Deixo em branco o espaço da ternura
e elevo o Silêncio da tua memória.
Assim escrevo as páginas da tua ausência
e os segredos ocultos na voz do vento
projectam-se
nas paredes de todas as casas
e de todos os corações
finalmente desfeitos
finalmente vazios.
Na verticalidade do sentir
cruzo-me com todos os poetas
que morreram antes de mim.

(Teresa Cuco;"lugares de mim";Corpos editora-2006)

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